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sábado, 2 de outubro de 2010

Fluzão do meu coração VIII

1987-1999: Decadência e superação


O Flu conquistou, em 1987, a Copa Kirim, no Japão, em sua mais importante excursão à Ásia, disputando a final contra o Torino da Itália cuja grande estrela era o brasileiro Júnior. Perante cerca de 40.000 torcedores no Estádio Olímpico de Tóquio, o Flu venceu por 2 a 0 com gols de Washington e Tato. Nos outros jogos disputados, o Flu empatou com a Seleção do Japão por 0 a 0, empatou com o mesmo Torino da final por 1 a 1 e venceu a Seleção do Senegal por 7 a 0.

Em 1988 e 1991, o time tricolor chegou, mesmo com times fracos tecnicamente, embora bem organizados, às semifinais do Campeonato Brasileiro. No campeonato de 1988 foi desclassificado pelo Esporte Clube Bahia, após empatar por 0 a 0 no Maracanã e perder por 2 a 1 no Estádio da Fonte Nova, que neste dia recebeu o maior público de sua história (110.438 pagantes). Em 1991 o Flu foi desclassificado pelo Clube Atlético Bragantino, com uma derrota por 1 a 0 no Maracanã perante cerca de 70.000 tricolores e, já eliminado, um empate por 1x1 em Bragança Paulista. Curiosamente, o time do Bragantino era composto por muitos atletas formados no clube tricolor e que tinham participado da conquista da quinta Copa São Paulo de Juniores para o Fluminense em 1989. e o atacante Franklin, que marcou os gols do Bragantino nestes dois jogos.
Em 1992 o Flu chegou à final da Copa do Brasil contra o Inter, ganhando a primeira partida por 2 a 1 no Estádio de Laranjeiras, vindo a perder o segundo jogo por 1 a 0 no Estádio Beira-Rio com um pênalti no mínimo polêmico, marcado aos 42 minutos do segundo tempo.

Ainda se classificou por três anos para disputar a Copa Conmebol, um dos torneios que antecederam a atual Copa Sul-Americana. Em 1992, quando após ganhar do Atlético Mineiro por 2 a 1, perdeu a segunda por 5 a 1, em 1993, quando ganhou do mesmo adversário do ano anterior por 2 a 0 com o mando de campo e foi derrotado pelo mesmo resultado em Belo Horizonte, perdendo a vaga nos pênaltis, e, em 1996, quando perdeu para o Guarani do Paraguai por 3 a 1 em Assunção e empatou, no Rio de Janeiro, por 2 a 2.

O tricolor só voltou a ganhar um título relevante em 1995 na inesquecível decisão do Campeonato Estadual em um Fla-Flu emocionante com 120.418 espectadores (109.204 pagantes), em que Renato Gaúcho (o "Rei do Rio") fez o gol da vitória por 3 a 2, com a barriga,[46] ano em que o Fluminense também chegou de novo às semifinais do Campeonato Brasileiro. Neste estadual de 1995, Fluminense disputou 27 jogos, com 17 vitórias, 7 empates, 3 derrotas, 48 gols pró e 18 contra, ano do centenário do Clube de Regatas do Flamengo como clube, não como time de futebol, e o rubro-negro investira muito para conquistar este campeonato, mas nos 4 Fla-Flus disputados o Fluminense venceu 3 e empatou 1. No Campeonato Brasileiro de 1995 o Flu terminou em quarto, desclassificado nas semifinais pelo Santos Futebol Clube (4 a 1 e 2 a 5, cabendo lembrar que nesta época não havia o critério de desempate em que gols fora de casa valem o dobro).

Os anos seguintes foram muito difíceis para o Tricolor de Laranjeiras. Em 1996, após péssima campanha, o Fluminense seria rebaixado para a segunda divisão nacional, sendo salvo por uma manobra política da CBF que o manteve na elite, a fim de abafar um escândalo de arbitragens envolvendo outros clubes, conhecido como o Caso Ives Mendes, e que obrigaria a CBF a rebaixar os envolvidos, caso viessem a ter os seus pontos cassados, conforme a opinião pública previa.

O Flu porém não aprendeu a lição, e como não reforçou o seu time, acabou caindo em 1997 para o Campeonato Brasileiro Série B. Em 1998, o time foi novamente rebaixado, agora para o Campeonato Brasileiro Série C. Após disputar este campeonato contra uma maioria de clubes pequenos e em campos algumas vezes mal conservados, o time tricolor conquistou este título, começando, a partir deste momento, a reestruturar-se para voltar a formar grandes craques e conquistar títulos de expressão. No final de 1998, o time deu sinal de que o clube estava retomando o seu rumo, ao conquistar a Copa Rio, competição estadual que neste ano contou pela última vez com a presença dos grandes clubes cariocas, ao bater o São Cristóvão por 4 a 0 no jogo final. Em 9 jogos disputados, o Fluminense venceu todos, com 24 gols pró e apenas 4 contra.

O Fluminense conquistou este campeonato em 1999 ao vencer o Clube Náutico Capibaribe no Estádio dos Aflitos por 2 a 1, com 2 gols de Roger para o Flu, descontando Rogério Capixaba para o alvi-rubro pernambucano. A campanha do Fluminense teve 22 jogos, com 14 vitórias, 3 empates e 5 derrotas, 37 gols a favor e 21 contra e o artilheiro tricolor nesta competição foi Roni, com 6 gols. Neste ano, o Flu havia contratado o técnico Carlos Alberto Parreira, e, com ele, além de ganhar o Campeonato Brasileiro Série C, criou o Vale das Laranjeiras,[47] centro de formação de jogadores de futebol das Categorias de Base no distrito de Xerém, em Duque de Caxias, aço de 130.000 metros quadrados


2000-2006: A volta por cima


Estádio Mário Filho, o Maracanã, onde o Fluminense tem o mando dos seus jogos.

Em 2000, quando se preparava para a disputa da segunda divisão, um problema jurídico entre clubes da Série A impediu a realização do Campeonato Brasileiro, sendo criada a Copa João Havelange pelo Clube dos Treze. Na organização deste campeonato, optou-se pelo critério de convite aos clubes participantes, com o Tricolor de Laranjeiras, por conta de suas boas participações em campeonatos como a Copa do Brasil e o Campeonato Estadual do Rio de Janeiro, além dos grandes públicos que compareciam aos seus jogos no Campeonato Brasileiro Série C, foi convidado, e assim como o Bahia que não estava então na primeira divisão, incluído entre os participantes.

A equipe teve uma boa participação e, após ficar em terceiro na primeira fase, caiu nas oitavas-de-final da competição contra o São Caetano, perante 56.504 tricolores, terminado este campeonato em nono lugar. Assim como o São Caetano, que disputou o campeonato na divisão inferior e teve a possibilidade de chegar até à final da disputa entre os clubes principais, o Fluminense e o Bahia permaneceram na primeira divisão no ano seguinte, numa virada de mesa comum no Século XX e que beneficiaram outros clubes no decorrer de sua história. Na Copa do Brasil deste ano, o Fluminense terminou na quinta colocação.

No Torneio Rio-São Paulo de 2001 o Fluminense terminou em quarto lugar e no Campeonato Brasileiro deste ano em terceiro.

O Fluminense conquistou o Campeonato Carioca de 2002, apelidado de Caixão pela imprensa, que estava boicotando esse campeonato, ao vencer o Americano por 2 a 0 e por 3 a 1 nos jogos finais, o último assistido por cerca de 37.000 pessoas (26.663 pagantes), em campeonato altamente desmotivado, disputado sem a cobertura da imprensa, com a fase final sendo realizada durante a Copa do Mundo de 2002 e com os grandes clubes utilizando seus elencos reservas nas fases iniciais pois disputavam o Torneio Rio-São Paulo. Tendo sido campeão carioca no dia 27 de Junho, três dias antes da Seleção Brasileira ganhar a Copa do Mundo deste ano, a torcida tricolor aproveitou para fazer a festa do título carioca no ano do centenário do Fluminense justamente neste dia e em muitos lugares do Grande Rio de Janeiro, haviam tantas camisas tricolores quanto brasileiras neste dia festivo. A campanha tricolor em 28 jogos teve 14 vitórias, 5 empates e 9 derrotas, com 45 gols a favor e 33 contra.

Neste ano de 2002, o Fluminense comemorou o seu centenário com grandes eventos praticamente o ano inteiro.[48][49] O grande presente para a torcida foi a contratação do jogador Romário, que, logo em sua estreia, brilhou no Campeonato Brasileiro contra o Cruzeiro, quando o Flu venceu por 5 a 1 com cerca de 70.000 tricolores em festa. O Fluminense terminou este campeonato em quarto lugar. Neste ano, Romário jogou bem e fez muitos gols, embora tenha se indiposto com o outro goleador do time, Magno Alves, que depois acabou saindo do clube para brilhar na Coreia do Sul e no Japão. Com o passar dos anos, Romário foi caindo de produção e, em 2003, já não esteve bem no Campeonato Brasileiro.

No ano de 2003, o tricolor disputou a Copa Sul-Americana pela primeira vez, vencendo o Corinthians por 2 a 0, o Atlético Mineiro também por 2 a 0 e veio a cair na segunda fase ao perder para o São Paulo por 1 a 0 no Morumbi e empatar, no Rio de Janeiro, por 1 a 1.

A melhor performance do Fluminense em 2004 foi no Campeonato Brasileiro, quando chegou em nono lugar.

O Fluminense teve grandes momentos durante o ano de 2005 e, após perder o primeiro jogo das finais para o Volta Redonda Futebol Clube por 4 a 3, conquistou o Campeonato Carioca com 70.830 tricolores (63.762 pagantes) comparecendo ao segundo jogo final em que o Flu ganhou por 3 a 1.[50] O Fluminense classificou-se para as finais contra o Volta Redonda, campeão da Taça Guanabara, ao vencer o Flamengo por 4 a 1 na decisão da Taça Rio perante 74.650 torcedores (65.672 pagantes) com uma grande atuação. Neste campeonato, em 15 jogos o Fluminense obteve 8 vitórias, 3 empates e 4 derrotas, com 40 gols pró e 22 contra.

Em 2005, o Fluminense também chegou à sua segunda final da Copa do Brasil, perdendo o título para o Paulista de Jundiaí ao empatar por 0 a 0, com o jogo sendo disputado no Estádio de São Januário perante 25.000 torcedores, já que o Maracanã estava em reformas, assim como já acontecera em 1992, quando o Fluminense não teve a oportunidade de usar o Maracanã na Copa do Brasil, estádio onde manda a maioria de seus jogos . Desfalcado, o Flu havia entrado com vários reservas no primeiro jogo desta final, perdendo para o Paulista em Jundiaí por 2 a 0. No Campeonato Brasileiro a equipe tricolor chegou em quinto lugar.

Na Copa Sul-Americana daquele ano, o Fluminense também fez boa campanha, só caindo nas quartas-de-finais para o Universidad Católica, a quem ganhou por 2 a 1 no Rio de Janeiro, perdendo por 2 a 1 em Santiago do Chile. Em 6 jogos nesta Copa Sul Americana, o Fluminense obteve 3 vitórias, 1 empate e 2 derrotas, 8 gols pró e 7 contra.

No ano de 2006, apesar de ter um elencos forte tecnicamente, o Fluminense sofreu com graves erros de gestão, por conta de falta de um planejamento adequado, fazendo com que o clube trocasse seis vezes de técnico, o que levou o Fluminense a ter um rendimento insatisfatório no futebol profissional, muito parecido com o ano de 2003, quando, após as grandiosas comemorações de seu centenário no ano anterior, o Fluminense começou a sua preparação mais tarde do que os clubes que tiveram sucesso naquele ano e por isto mesmo teve inúmeros problemas de contusão em seu elenco profissional por preparação física inadequada e depois tentativas passionais em sua gestão visando tentar corrigir os erros anteriores.

Em 2006, na Copa Sul-Americana, disputou a primeira fase contra o Botafogo, vindo a se classificar nos pênaltis após dois empates por 1 a 1. Na fase seguinte o Fluminense acabou eliminado pelo Gimnasia y Esgrima de La Plata, da Argentina, ao empatar o primeiro jogo por 1 a 1 e perder o seguinte na casa do adversário por 2 a 0.

Nas 4 Copas Sul Americanas disputadas por clubes brasileiros entre 2003 e 2006, o Fluminense disputou 3, contabilizando 5 vitórias, 5 empates e 4 derrotas, 18 gols pró e 11 contra, sendo até então o quarto clube brasileiro que mais pontuou na história desta competição. A melhor campanha tricolor foi em 2005, quando caiu nas quartas-de-finais, terminando em quinto lugar. Até este último jogo da Copa Sul-Americana contra o Gimnasia, no período entre 1968 e 2006, o Fluminense disputou 149 partidas contra clubes ou Seleções estrangeiras (desconsiderando jogos contra clubes brasileiros no exterior ou em competições internacionais nestas estatísticas), com 76 vitórias, 37 empates, 34 derrotas, 291 gols a favor e 183 contra.

2007-2009: O título da Copa do Brasil e os vices na Copa Libertadores da América e na Copa Sul-Americana


O Fluminense refez o seu time em 2007 a após um péssimo Campeonato Carioca chegou à sua terceira final da Copa do Brasil, desta vez sendo campeão contra o Figueirense, ao vencer o segundo jogo da decisão por 1 a 0 em Florianópolis (com gol de Roger), após ter empatado o primeiro jogo decisivo por 1 a 1 no Rio de Janeiro, com todos os 64.669 ingressos colocados à venda no Maracanã tendo sido vendidos com antecedência de 48 horas, já que o grande estádio ainda está finalizando as obras para fazer parte do complexo esportivo dos Jogos Pan-americanos de 2007 e ainda não tinha condições para atender a sua capacidade máxima de cerca de 90.000 espectadores, como ocorreu após o fim das reformas. Para chegar ao título de campeão da Copa do Brasil, o Fluminense passou pela Adesg (2 a 1 e 6 a 0), América Futebol Clube (RN) (0 a 1 e 2 a 1), Bahia (1 a 1 e 2 a 2), Atlético Paranaense (1 a 1 e 1 a 0), Brasiliense (4 a 2 e 1 a 1) e Figueirense (1 a 1 e 1 a 0), com isto classificando-se para disputar a Taça Libertadores da América em 2008. Adriano Magrão e Alex Dias foram os artilheiros tricolores nesta competição, com 4 gols cada um.

Ao final da Copa do Brasil de 2007, o Fluminense totalizou 91 jogos na história desta competição, com 48 vitórias, 26 empates e 18 derrotas, 166 gols pró e 103 contra, tendo estado presente em 14 edições, sendo esta a sétima melhor performance entre os clubes que já disputaram o segundo torneio mais importante do Brasil até 2007. As maiores vitórias tricolores até então foram de 6 a 0 contra a Adesg na campanha de 2007 e de igual placar sobre o Maranhão Atlético Clube em 4 de Maio de 2000.

No dia 12 de Maio de 2007, a Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro aprovou lei que declara o dia 21 de Julho como o Dia do Fluminense e dos Tricolores, não por acaso o dia da fundação do clube.[51]

No Campeonato Brasileiro de 2007 o Fluminense terminou em quarto lugar, sendo esta a nona vez que o Tricolor terminou entre os quatro primeiros colocados deste campeonato, a melhor performance de um clube do Estado do Rio de Janeiro neste quesito. Considerando-se o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, precursor deste campeonato, esta seria a décima vez. Thiago Neves, o seu camisa 10, ganhou a Bola de Ouro da revista PLACAR, como o melhor jogador desta edição, em que Thiago Silva também foi eleito, neste caso como um dos zagueiros para a seleção do campeonato.

Tendo terminado o Campeonato Carioca de 2008 em terceiro lugar, o Fluminense foi o clube que mais somou pontos entre todos os participantes da Copa Libertadores da América de 2008 na primeira fase desta competição, habilitando-se a disputar a segunda partida das demais fases eliminatórias, no Maracanã.

Na primeira fase o Fluminense superou a LDU (Equador, 0 a 0 e 1 a 0), o Arsenal de Sarandí (Argentina, 6 a 0 – maior goleada de um clube brasileiro sobre uma equipe argentina na história da Libertadores – e 0 a 2) e o Libertad (Paraguai, 2 a 1 e 2 a 0). Na segunda fase eliminou o Atlético Nacional (Colômbia, 2 a 1 e 1 a 0) e na terceira o São Paulo (Brasil, 0 a 1 e 3 a 1), quando um público de 72.910 pessoas compareceu ao Maracanã, sendo 68.191 pagantes) para ver o uma das partidas mais marcantes do torneio em que o o Flu vencia por 2 a 1 placar que era favorável ao time paulista, Washington fez de cabeça aos 46 minutos do 2º tempo classificando assim o Flu. Na quarta fase, o Fluminense disputou as semifinais contra o Boca Juniors, da Argentina, obtendo empate por 2 a 2 na primeira partida em Buenos Aires, e vitória por 3 a 1 no jogo de volta no Maracanã, perante 84.632 torcedores (78.856 pagantes), classificando-se para a final contra a LDU, com quem já jogou na primeira fase desta competição, em um grupo que era chamado pela imprensa internacional de Grupo da Morte, pela competitividade dos clubes participantes.

Na primeira partida da fase decisiva, no Estádio Casablanca, em Quito, a LDU venceu o Fluminense por 4 a 2. Enquanto aguardava-se a partida de 2 de julho no Maracanã, os 78.918 ingressos colocados à venda foram esgotados em poucas horas de venda ainda no dia 23 de junho, batendo o recorde brasileiro de renda em partidas entre clubes, tendo sido arrecadados R$ 3.910.044,00 apenas com a venda de entradas. Após uma excelente partida, perante 86.027 torcedores presentes,o Fluminense derrotou o adversário por 3 a 1, com três gols de Thiago Neves (primeiro jogador a fazer três gols numa final de Libertadores), levando a decisão para os pênaltis, quando foi derrotado por 3 a 1.[52] Essa mesma final foi considerada a final com mais gols da história da Copa Libertadores da América; 10 gols anotados nas duas partidas, desconsiderando a disputa por penaltis.

Apesar da derrota na final, o apoio dos torcedores ao time foi incondicional, vista a excelente campanha do time no campeonato mais importante para os clubes sul-americanos. Ressalta-se, portanto, que em 9 anos o Fluminense carioca passou da Série C para a final da Libertadores, resgatando o prestígio que o clube sempre teve, exceto na segunda metade da década de 1990, um período curto, mas difícil para os tricolores.

No Campeonato Brasileiro de 2008, tendo optado por disputar metade do campeonato com o time reserva para priorizar a disputa da Copa Libertadores da América, o time lutou contra o rebaixamento até a penúltima rodada, onde arrancou um empate com o São Paulo no Morumbi por 1 a 1, acabando com as possibilidades de rebaixamento.

Na última rodada, a torcida tricolor levou 51.172 torcedores presentes contra o Ipatinga (MG), para ver a despedida de Thiago Silva, carinhosamente chamado de "mostro" pelos torcedores, devido sua grandeza e garra em campo. Com o empate por 1 a 1 o Fluminense terminou o campeonato na 14ª posição classificando-se para a Copa Sul-Americana de 2009, e o seu atacante Washington terminou como artilheiro desta edição do Campeonato Brasileiro, tendo marcado 21 gols.

O seu zagueiro Thiago Silva foi eleito o melhor zagueiro-central do Campeonato Brasileiro de 2008 e ainda ganhou o CRAQUE DA GALERA estabelecido pelo Globoesporte.com, como o melhor jogador deste campeonato, eleito por voto popular com 1.252.073 votos, cerca de 47% do total apurado.

Em 2009, com sucessivas trocas de técnicos e chegada constante de novos jogadores durante as competições, o Fluminense apresentou uma campanha bastante irregular, terminando o Campeonato Carioca em quarto, mas fazendo história na Copa do Brasil ao se tornar o oitavo clube a completar 100 jogos nesta competição (51 vitórias, 29 empates e 20 derrotas, 179 gols pró e 111 contra), no empate por 2 a 2 contra o Sport Club Corinthians Paulista, que seria o campeão desta competição, perante 68.158 torcedores presentes, vindo a terminar esta competição em sexto lugar.


2009-2010: "O Time de Guerreiros"


No Campeonato Brasileiro o time apresentava um desempenho sofrível, mas ao vencer o Avaí Futebol Clube por 3 a 2 em 27 de setembro passou a vencer a maioria de seus jogos e reanimou a sua torcida, que jogo após jogo, foi aumentando a sua presença nos estádios, chegando a levar 66.884 torcedores ao Maracanã na vitória sobre o Palmeiras por 1 a 0 em 8 de novembro, 55.030 na semana seguinte, na vitória de 2 a 1 contra o Clube Atlético Paranaense e 55.083 na vitória de 4 a 0 contra o Esporte Clube Vitória em 29 de novembro, quando conseguiu sair da zona de rebaixamento após 27 rodadas. Ao empatar com o Coritiba por 1 a 1 no Estádio Couto Pereira na última rodada, após manter-se invicto nos últimos 11 jogos por essa competição, o Flu escapou do rebaixamento, o que desencadeou violentas manifestações no estádio após o jogo, com dezenas de pessoas feridas, pelo rebaixamento deste clube parananense.

Enquanto isso, pela Copa Sul-Americana o Fluminense completou 24 jogos de invencibilidade em competições da Conmebol com o mando de campo (a última derrota aconteceu contra o Argentinos Juniors em 5 de agosto de 1985,[53] clube que seria o campeão desta edição da Libertadores, ou 27 jogos, caso sejam considerados os jogos no Rio contra Vasco, Botafogo e Flamengo neste período, com o mando de campo dos adversários) após eliminar o Flamengo, golear o Alianza Atlético (Peru) por 4 a 1, em 1 de outubro, vencer o Universidad do Chile por 1 a 0, em 5 de novembro e o Cerro Porteño por 2 a 1 em 18 de novembro.

Nas semifinais, o Fluminense enfrentou o Cerro Porteño do Paraguai, tendo vencido a primeira partida em Assunção, por 1 a 0. Como acontecera na vitória sobre o Club de Fútbol Universidad de Chile, quando os torcedores locais atiraram objetos no time tricolor, os torcedores do Cerro atiraram pedras nos jogadores do Flu, vindo a ferir um policial local. Na partida de volta no Estádio do Maracanã, nova vitória, agora por 2 a 1, com os desesperados paraguaios arrumando briga ao final do jogo, que teve 41.816 espectadores presentes.[54]

Na final, o Fluminense enfrentou a LDU do Equador, mesmo adversário da decisão da Copa Libertadores da América de 2008, tendo perdido a primeira partida na altitude de Quito, por 5 a 1, precisando ganhar de 4 gols de diferença na partida de volta para levar a decisão para a prorrogação. Na partida do Maracanã, o Flu ganhou por 3 a 0 perante 69.565 torcedores presentes, tendo tido ainda um gol anulado em mais uma arbitragem de final continental polêmica, saindo de campo bastante aplaudido pela sua grande atuação,daí surgiu a alcunha:"Time de guerreiros". Pela segunda vez, a disputa entre as duas equipes acabou em outra final com mais gols na história da competição: 9 gols nas duas partidas.

A última partida do ano contra o Coritiba, na cidade de Curitiba, era um dos jogos decisivos para definir o rebaixamento, e foi um jogo dramático. Com a vitória do Botafogo sobre o Palmeiras, o empate assegurava ao Fluminense a permanência na primeira divisão de 2010, enquanto o Coritiba necessitava da vitória para se salvar. O Flu começou marcando com um gol legítimo de Fred, porém não validado pela arbitragem. Marquinho, de falta, abriu o placar para o tricolor, com o Coritiba conseguindo o empate, que decretou o resultado final de 1 a 1. Com o resultado, o Fluminense atingiu seu objetivo de permanecer na série A, consagrando uma das mais belas reações já vistas no futebol, visto que chegou a ter calculado pelos estatísticos 98,3% de possibilidades de cair, não podendo perder e ter que ganhar a maioria dos últimos 11 jogos para se salvar, o que aconteceu em campo.

O Fluminense permaneceu invicto nas últimas 11 partidas disputadas pelo Campeonato Brasileiro, com 4 empates e 7 vitórias, sendo 6 delas consecutivas. Se considerarmos também a Copa Sul-Americana, foi uma invencibilidade total de 13 partidas, com 8 vitórias consecutivas. Das últimas 12 partidas do clube na temporada o Fluminense obteve 10 vitórias, 1 empate e 1 derrota.

Pela segunda vez consecutiva, agora em 2009, o Fluminense teve eleito por voto popular um jogador seu como o CRAQUE DA GALERA do Campeonato Brasileiro de Futebol, desta vez o argentino Conca com mais de 9.000.000 de votos (cerca de 51% do total dos votos).[55]

No Campeonato Carioca 2010, o Fluminense terminou na terceira colocação, com 11 vitórias, 2 empates e apenas 2 derrotas, 36 gols a favor e 13 contra, enquanto na Copa do Brasil, após passar pelo Confiança, Uberaba e Portuguesa de Desportos, o Flu foi desclassificado nas quartas-de-finais contra o Grêmio, perdendo as duas partidas em que jogou desfalcado de seus dois principais atacantes (Fred e Allan, os dois com crises de apendicite que os levaram a serem operarados), além de Conca no primeiro jogo e Mariano no segundo.

O Fluminense terminou a fase pré-Copa do Mundo de 2010 do Campeonato Brasileiro ao vencer o Avaí em Florianópolis por 3 a 0, em terceiro lugar, com 15 pontos, 2 atrás dos dois primeiros colocados, com 5 vitórias, 2 derrotas, 11 gols a favor e 5 contra. Dos 96 pontos disputados neste ano até essa partida, o time conquistou 67, com 21 vitórias, 4 empates, 7 derrotas, 62 gols a favor e 32 contra. O Avaí não perdia no Estádio da Ressacada há cerca de 9 meses (25 jogos).[56]

Das categorias de base, o Fluminense, que tem conquistado vários títulos, tem tirado a base dos times profissionais que têm se destacado com a camisa tricolor neste início do Século XXI.

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